Diversidade Sexual

DIVERSIDADE SEXUAL

Estamos passando por uma fase em que muito se busca entender sobre a sexualidade humana, muitas questões foram levantadas, mas ainda não foram plenamente respondidas pela ciência. Vive-se também um significativo momento na sociedade, onde são discutidos aspectos históricos, antropológicos, sociais, ideológicos, políticos, legais, espiritualistas e até semânticos da sexualidade.

A verdade é que o modelo binário de sexo e gênero - masculino e feminino – já não explica tudo o que as pessoas vivenciam. Na natureza parece ser mesmo assim, os eventos naturais começam a acontecer e, depois, os cientistas empenham-se em observar, analisar, estudar para poder, algum dia, explicar.

SEXUALIDADE é apenas um dos aspectos da personalidade do indivíduo que envolve aspectos sexuais, mas muito outros: afetivos, amorosos, história de vida, valores culturais, entre outros aspectos.

A IDENTIDADE SEXUAL é delineada desde a infância, definida na adolescência, e influenciada por fatores familiares, culturais, sociais, religiosos. Identidade Sexual é composta por 3 elementos:

1)    IDENTIDADE DE GÊNERO: consiste na convicção íntima de cada indivíduo quanto ao sexo a que pertence (masculino ou feminino) independente do fenótipo (da sua aparência). Tem a ver com como a pessoa percebe a si mesma – COMPONENTE PSICOLÓGICO/COGNITIVO

2)    PAPEL DE GÊNERO: consiste na expressão da feminilidade ou masculinidade de cada indivíduo, de acordo com as normas sociais. Refere-se ao desempenho de comportamentos de acordo com o sexo biológico (masculino ou feminino). Tem a ver com como a pessoa comporta-se, veste-se, aparenta – COMPONENTE SOCIAL

3)    ORIENTAÇÃO SEXUAL: consiste na preferência de cada pessoa para estabelecer vínculos eróticos. Há uma longa discussão sobre orientação sexual ser uma característica inata ou adquirida. No entanto, atualmente há um corpo cada vez mais sólido de evidências indicando uma natureza biológica para orientação sexual, envolvendo fatores genéticos, endocrinológicos e psicofarmacológicos. Tem a ver com quem a pessoa relaciona-se  - COMPONENTE  EMOCIONAL/AFETIVO

Mas e quando o gênero designado ao nascimento não é compatível com a auto-percepção?

Estima-se que aproximadamente 1% da população geral pode ter uma identidade sexual não-tradicional, transgênero ou não-binária, ou seja, a forma como a pessoa percebe a si mesma não corresponde exatamente ao sexo biológico (masculino ou feminino). Dentro destas variações, SEXO está mais associado à BIOLOGIA; enquanto GÊNERO está mais associado aos aspectos PSICOSSOCIAIS

O QUE A CIÊNCIA JÁ MOSTROU SOBRE SEXO E GÊNERO?

·      Que a ativação ou inativação do gene SRY no cromossoma Y claramente define o sexo de um corpo humano;

·      Porém, há múltiplos caminhos pelos quais a natureza humana pode desviar do modelo binário, produzindo indivíduos intermediários entre masculino e feminino - NATURE 2015

·      Mutações e outras variações genéticas também podem resultar a um grande espectro de fenótipos entre os típicos feminino e masculino – UCLA- NAT. VER. ENDOC. 2014.

 

NO QUE DIZ RESPEITO À IDENTIDADE DE GÊNERO, QUE ENVOLVE ASPECTOS PSICOLÓGICOS E SOCIAIS HÁ, IGUALMENTE, UM ESPECTRO COM MUITAS DIFERENTES NUANCES, BEM MAIS COMPLEXAS DO QUE A VISÃO TRADICIONAL DO MODELO BINÁRIO.

MARCELA MOURA – JULHO 2016

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Dra Marcela Alves de Moura Especialista em Psiquiatria - Associação Brasileira de Psiquiatria. Mestrado e Doutorado em Psicologia Clínica - Washington State University - EUA

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